Miniaturização está entre as tendências da refrigeração

 

Novas tecnologias desenvolvidas na parceria entre o Polo e a Embraco diminuem drasticamente o impacto do consumo de energia no dia a dia. Florianópolis - Ao longo dos 30 anos de parceira entre a Embraco e o POLO - Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), várias inovações surgiram das pesquisas e testes realizados em conjunto e que vêm refletindo no dia a dia das pessoas como a redução do consumo de energia com o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes. É assim que surgem inovações como o Fullmotion. Os produtos com essa tecnologia oferecem ao cliente a possibilidade de ter um sistema inteligente. Graças ao uso da eletrônica, é possível acionar o compressor a partir de um display e criar rotinas com níveis diferentes de refrigeração, adequadas para cada tipo de alimento ou bebida. Assim, o consumo de energia do produto final pode cair até 40% se comparado à tecnologia convencional liga-desliga. O Fullmotion já está sendo adotado em refrigeradores residenciais e adegas de alto padrão, além de refrigeradores comerciais, permitindo o uso racional da energia elétrica e diminuindo o consumo desse recurso em todo o mundo. "Consideramos vital para o nosso negócio e dos nossos clientes, investir constantemente em inovação e no desenvolvimento profissional", sinaliza Roberto Campos, presidente da Embraco. "Por isso, a importância de desenvolver e capacitar pessoas. Esse é o principal motivador da parceria com o POLO. Formar pessoas para a Embraco, para o Estado e para todo o país”, informa o executivo. A próxima tecnologia que deverá sair dos laboratórios da Embraco para as linhas de produção, já está em teste no POLO. Ela segue a tendência da miniaturização já presente em outras áreas do conhecimento como a informática. O desenvolvimento de compressores cada vez menores permite novas utilizações para a tecnologia de refrigeração. O projeto do microcompressor da Embraco foi executado com apoio financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Ministério da Ciência e Tecnologia e com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Do tamanho de uma latinha de refrigerante, o microcompressor dispensa o uso de óleo lubrificante, podendo ficar em qualquer posição no sistema de refrigeração. Compacto, ele pode ser aplicado em diferentes segmentos, como a refrigeração de componentes eletrônicos de máquinas industriais - equipamentos que utilizam eletrônica geram calor e que o microcompressor se mostrou uma solução muito eficiente para dissipá-lo. Uma linha-piloto do produto para esse tipo de aplicação já foi instalada na fábrica de compressores de Joinville (SC). Outras aplicações identificadas para o microcompressor e em teste são: geladeiras portáteis, compartimentos refrigerados para uso na área médica (como transporte de órgãos) e em automóveis, e até mesmo roupas refrigeradas para situações em que o indivíduo é submetido a altas temperaturas.

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